Apesar de estarmos falando de insatisfação, eu vejo algo bastante positivo nisso. As pessoas não estão mais acreditando que estão presas a uma carreira para sempre. Estão questionando e se dispondo a mudar aquilo que não lhes faz bem. Querem amor, significado, valor, motivação e resultados positivos para o mundo e para as pessoas, e não mais apenas o dinheiro.
Por outro lado, é claro que essa questão, enquanto não solucionada, traz dúvidas, angústia, medo e ansiedade, principalmente para quem ainda não conseguiu descobrir o que quer fazer como profissão. Para ajudar quem está passando por isso, selecionei algumas perguntas que podem ajudar a encontrar um direcionamento:
O que você sempre volta a fazer?
Sabe aquela atividade que você faz por um tempo (sozinho, com amigos, em um curso) e por algum motivo para, mas depois de um tempo acaba encontrando uma forma de voltar a fazer? Tem um sinal bem claro aí de que você ama fazer isso! Será que isso indica alguma direção? Reflita!
O que você faz no seu dia a dia que não são obrigações?
Tira fotos bonitas, edita e monta álbuns? Inventa ou testa receitas novas na cozinha? Cuida de plantas? Se maquia e cuida do cabelo? Escreve? Desenha? Brinca com crianças? Dança? Faz trabalho voluntário? Pratica esportes?
Olhe para os seus hobbies e as atividades que faz sem esforço e aprofunde seu olhar sobre elas. É possível que essas atividades contenham informações preciosas (mas não necessariamente óbvias) sobre você. Analise.
O que você amava fazer quando era criança?
Não acredito que seja regra que algo que você amava fazer na infância vai amar fazer também quando adulto, mas pensar sobre o assunto pode te ajudar a ter as ideias. Lembre-se do que você adorava brincar quando era criança, sem julgamentos. É possível que você encontre um direcionamento fazendo esse exercício, ou pelo menos algo para refletir sobre – eu ainda gosto de fazer isso? O que mudou? O que não mudou? O que isso mostra sobre a minha personalidade?
O que você gosta ou gostaria de fazer para outras pessoas?
Trabalhar é servir. Tenha em mente que sim, é importante que seu trabalho te faça feliz, mas o objetivo do trabalho é fazer algo de bom e útil para as outras pessoas. Com isso claro, pense: o que você sente satisfação em fazer pelos outros? Adora cozinhar e ver as pessoas apreciando a sua comida? Gosta de ajudar e estar na companhia de idosos ou crianças? Sente prazer em ensinar? Gosta muito de fazer as pessoas rirem? Adora ajudar a criar estratégias para resolver problemas? Ama fazer com que as pessoas se sintam bonitas? O que você gosta de fazer pelos outros?
O que você gosta que as pessoas te peçam para fazer?
Essa é uma pergunta que pode te trazer insights bem interessantes! Sabe quando alguém te pede algo e você faz com todo o prazer? Eu, por exemplo, adoro quando alguém me pede para revisar textos!
É legal também pensar nas coisas que você não gosta que te peçam: eu detesto quando em pedem pra consertar alguma máquina, por exemplo, mas conheço quem adora fazer isso.
Você adora quando alguém te pede para ensinar matemática/português/inglês/história? Ama quando te pedem para você cuidar de uma criança ou de um animal de estimação? Fica feliz quando te pedem para organizar um espaço? O que você faz com prazer e boa vontade quando te pedem para fazer?
Fonte: desassossegada